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Rio de Janeiro-RJ: "Abertura da Copa dos protestos" | “Opening of the Prostests Cup”

Rio de Janeiro-RJ: "Abertura da Copa dos protestos" | “Opening of the Prostests Cup”

Junho 12, 2014 - 00:00
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Neste 12 de junho, a Copa dos protestos começou na Candelária, centro do Rio de Janeiro, às 10h, no ato “Nossa Copa é na Rua”, que reuniu aproximadamente 4.000 pessoas, entre diversos movimentos sociais, grevistas da educação, saúde e cultura e ativistas em geral. Xs manifestantes caminharam apresentando diversas performances artísticas e cantaram músicas de protesto, unindo bom humor e contestação. Enquanto a manifestação acontecia, um dos policiaistransmitia o andamento em tempo real para o Centro de Operações e Controle (recém aberto).

In this June 12th, the demonstration started at Candelária, downtown Rio, at 10 o'clock in the morning and gathered aproximately 4.000 people from different social movements and education, culture and health workers on strike, that marched presenting artistic performances and protest music, uniting good humor and contestation. During the demonstration a policeman filmed and transmited it live to the Police Center of Operations and Control (newly opened).

Português | English

Rio de Janeiro, 12 de junho - Abertura da Copa dos protestos

A Copa dos protestos começou na Candelária, centro do Rio de Janeiro, às 10h, no ato “Nossa Copa é na Rua”, que reuniu aproximadamente 4.000 pessoas, entre diversos movimentos sociais, grevistas da educação, saúde e cultura e ativistas em geral. Xs manifestantes caminharam apresentando diversas performances artísticas e cantaram músicas de protesto, unindo bom humor e contestação. Enquanto a manifestação acontecia, um dos policiaistransmitia o andamento em tempo real para o Centro de Operações e Controle (recém aberto).

O ato seguiu em direção a Lapa, mas, na Rua do Passeio, a polícia iniciou uma investida para aumentar a tensão. Enquanto a passeata era ladeada por fileiras de policiais, PMs passavam por entre a aglomeração de manifestantes de forma bruta, empurrando as pessoas com o corpo e o cassetete armado nas mãos, na altura do abdômen.

O ato seguiu até a Lapa de forma pacífica, sem ceder às provocações, se acomodando na praça dos Arcos, sem obstruir nenhuma via ou causar qualquer tumulto. Um grupo de manifestantes subiu até os Arcos para pendurar faixas com dizeres críticos e bem politizados. Algumas apresentações artísticas ocorriam e muita música estava sendo tocada e cantada no espaço mais artístico do Rio de Janeiro.

No entanto, mais uma vez, a PMERJ usou da sua costumeira truculência. Em meio a uma apresentação musical, um grupo de policiais passou por dentro do aglomerado de pessoas que assistia e cantava ao redor dos músicos e agarrou um manifestante o engravatando com um cassetete, dando início a uma onda de truculência.

Xs manifestantes se revoltaram com a situação e tentaram impedir que o ativista fosse mais violentado e levado para o camburão. Os Policiais usaram spay de pimenta, bombas de gás lacrimogênio e muitos golpes de cacetes, socos e empurrões de forma indiscriminada.Agrediram ativistas, grevistas, jornalistas, advogadxs e socorristas que trabalham unidos para apresentar ao mundo as irregularidades, não só da Copa, mas de toda a política do estado brasileiro.

No total foram 4 pessoas presas, um professores, um estudante e dois ativistas, todos foram alvos da brutalidade militar, mesmo não resistindo a prisão, reflexo de uma polícia preparada para a guerra e não para lidar com cidadãos em uma democracia. Além disso, muitas pessoas levaram golpes de cassetete, chutes e socos que foram distribuídos aleatoriamente. Segundo um policial, o motivo que desencadeou a onda de agressões foi um chute dado em uma viatura por um manifestante.

 

Músicas da Copa dos protestos

"Ô balancê balancê/ escuta o que eu vou te dizer/ Copa das Greves Brasil vai perder/ E o mundo inteiro vai ver"

"Se você pensa que essa Copa é nossa/ Essa Copa não é nossa não/ Essa Copa é dos Empresários, da FIFA e do Patrão"

"Olelê olalá/ A Rocinha quer saber onde o Amarildo está"

 

 

“Our Cup is on the streets”: 1º Anti-World Cup Demonstration

Rio de Janeiro, June 12th -- Opening of the Prostests Cup

The demonstration started at Candelária, downtown Rio, at 10 o'clock in the morning and gathered aproximately 4.000 people from different social movements and education, culture and health workers on strike, that marched presenting artistic performances and protest music, uniting good humor and contestation. During the demonstration a policeman filmed and transmited it live to the Police Center of Operations and Control (newly opened).

The demo followed until Lapa pacifically. And although the police have acted to increase the tension, pushing people with their bodies and truncheons, the protestors didn't react. At the Arcos Square a group of protesters went up to the Arches to put up a critical and political flag while others played music and made artistic presentations.

At this scenario, the police once more began to use its usual truculence. A group of policemen brutally grabbed and detained a protester who was only watching a musical performance. While the protesters were trying to prevent that the activist was beaten and taken to the police van, the police used pepper spray and teargas bombs indiscriminately. Police then assaulted activists, strikers, journalists, lawyers, rescuers and everyone who were protesting against the World Cup and the Brazilian state policy, with all its oppression that hits, mainly, the most poor of us, the ones that have been historically removed from their homes, violated and assassinated by a militarized and fascist structure.

Four people (a teacher, a student and two activists) were assaulted and arrested by the police, although they have not resisted the arrest. In addition, many other protesters took truncheon blows, kicks and punches that were randomly distributed. It is a reflection of a militarized police that is prepared for war and not to deal with citizens in a democracy.

Musics from the demonstration:

 

"Swing swing/ listen to what I want to tell you/ it is the Strikers Cup Brasil will lose/ And the whole world its gonna watch"

"If you thing that the Cupo is ours / This Cup it not ours no/ This Cup is from businessman, from FIFA and from the boss"

"Olelê olalá/ Rocinha wants to know where Amarildo is"

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