Rio de Janeiro-RJ: Violência e repressão no Ato Contra a PEC 241
Nesta segunda-feira, 17 de outubro, manifestações contra a PEC 241 foram puxadas em alguns estados do Brasil. No Rio de Janeiro reuniu cerca de 10 mil pessoas e foi brutalmente reprimida pela polícia militar. Jornalistas, bares e restaurantes também foram alvos dos policiais. Pelo menos dois jornalistas foram atingidos por PMs, sendo um gravemente ferido, precisando ser hospitalizado.
A concentração do evento estava marcada para a praça da Cinelândia e depois de algumas horas, se dirigiu em direção à Avenida República do Chile. Em frente ao prédio da Petrobrás, sobre uma passarela, estudantes fizeram uma grande apresentação usando extintores de incêndio, formando uma grande nuvem de fumaça branca e fogos de artifício foram soltos enquanto manifestantes faziam gritos contra a PEC 241.
Antes do término da apresentação, policias militares dispararam bombas de gás no meio da avenida e iniciaram perseguições e agressões aos que estavam presentes. Manifestantes resolveram revidar e atiraram pedras e garrafas contra os policiais.
Cerca de duas pessoas foram detidas neste momento e algumas machucadas, entre eles um jornalista do CMI-Rio, atingido por um cassetete na barriga enquanto filmava a agressão de um rapaz negro por um policial, sem grandes lesões.
Um policial chegou a ser ferido no rosto e foi socorrido pela cruz vermelha. Apesar de jornais comerciais terem alarmado que o PM estava gravemente ferido, ele só teve ferimentos leves.
Depois da repressão policial, o protesto retornou para a Praça da Cinelândia e permaneceu, por algum tempo, com a presença de apenas duas viaturas da polícia militar. Após aproximadamente uma hora, um grande contingente de policiais do choque chegaram à Praça atirando bombas de gás e distribuindo agressões. Várias pessoas foram perseguidas, agredidas e mais foram detidas.
Até bares foram alvo dos policiais. Um grupo de policiais jogou bombas de gás dentro do bar do Amarelinho, ao lado da Câmara Municipal, isso fez com que clientes reclamassem e uma senhora gritou contra os policiais. Por causa disso, os PMs entraram no bar dando golpes de cassetetes e jogaram cadeiras contra os clientes do restaurante. Um outro jornalista do CMI-Rio estava próximo ao acontecimento e foi gravemente agredido, perdendo a consciência e precisando ser hospitalizado.
Não houve motivos claros pelos quais justificaria a ofensiva violenta da polícia militar. Algumas pessoas cogitaram que a apresentação com extintores teria assustado a polícia. No entanto, a apresentação aconteceu ainda há vários metros da passeata e os policiais atacaram as pessoas que estavam em direção contrária a apresentação.
A PEC 241 E A REFORMA DO ENSINO MÉDIO
A PEC 241 e a reforma do Ensino Médio vêm causando revoltas em quase todos os setores da sociedade, pois prevê o congelamento por vinte anos dos investimentos aos serviços sociais que já são precarizados. Isso é consequência de políticas voltadas para o crescimento dos lucros no setor privado e da tentativa de privatização dos serviços públicos. A reforma do Ensino Médio vinha sendo discutida desde 2014, no governo de Dilma Roussef.
Para justificar a privatização que beneficiaria um pequeno grupo de grandes empresários, os governos promovem uma progressiva precarização dos serviços públicos. O governo atual acelerou esse processo com uma medida que necessariamente levará tais serviços ao colapso.
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Ainda existe esperança?
Se ainda existe alguma esperança, ela nos proles, já que os proletários estão desencorajando seus filhos a desistirem da luta
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